Tudo sobre Ginecomastia
A Ginecomastia é um quadro clínico no qual as mamas masculinas crescem devido ao efeito hormonal e/ou acúmulo de gordura. Esta situação pode causar grande desconforto em jovens adultos e adolescentes. Muitos adolescentes com ginecomastia não vão à praia ou à piscina, pois não querem expor as mamas de aspecto feminino.
Ela é causada por um desenvolvimento excessivo no tecido da região mamária masculina e ocorre nas fases de mudanças hormonais do homem (primeira infância, adolescência e velhice) sem nenhuma patologia de base, na maior parte dos casos.
A alteração é normalmente causada por uma variedade de mudanças hormonais, sendo a maioria delas reversíveis durante a puberdade. Ou seja, a ginecomastia é, na maioria dos casos nesta faixa etária, uma condição benigna, tratável e corrigível.
Porém, devem ser consideradas causas orgânicas, especialmente em pacientes de uma faixa etária mais avançada. Se a condição persistir num adolescente, pode efetuar-se o tratamento cirúrgico conseguindo-se uma redução significativa do volume e forma da mama na maioria dos pacientes.
A lipoaspiração é um dos procedimentos que podem ser efetuados, podendo ser necessário, em algumas situações outro tipo de cirurgia que requer a retirada do excesso de pele.
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Faixa etária
No homem adulto normal, não há tecido mamário palpável. A ginecomastia apresenta-se como uma massa na região mamária, palpável, variando de 1,0 a 10 cm de diâmetro. Ela pode ser unilateral, podendo desenvolver-se, após meses ou anos na outra mama ou então ser bilateral.
O mamilo e a aréola raramente apresentam mudanças significativas, embora hipertrofia dos mamilos e alargamento das aréolas possam ocorrer. Os sintomas limitam-se à massa palpável e pouca dor (pouca intensidade) à palpação, principalmente nos adolescentes, porém na maioria dos casos, a doença é assintomática.
A maioria dos casos de ginecomastia apresenta-se na puberdade:
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Incidência de 65% nos jovens entre 14 e 15 anos
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7% aos 17 anos
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Nos homens idosos chegam a 30%
As diferentes causas de ginecomastia determinarão qual o tratamento mais apropriad0. O uso abusivo de bebida alcoólica pode predispor ao desenvolvimento da doença, mas a causa mais comum é um aumento nos estrógenos, uma diminuição nos andrógenos, ou um déficit nos receptores androgênicos, ou seja, os fatores hormonais constituem a causa principal desta disfunção.
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Tratamento
Existem basicamente duas técnicas que podem ser utilizadas separadamente ou em combinação: lipoaspiração e retirada de pele. Os principais problemas relacionados ao tratamento cirúrgico da ginecomastia são irregularidades na superfície da mama e alterações na forma ou na posição do mamilo.
O edema pós-operatório dura cerca de 7 a 10 dias e o déficit de sensibilidade local em geral é transitório, durando no máximo um ano na maioria dos casos.
A cirurgia consiste em realizar uma incisão pequena em forma de semicírculo na parte inferior da aréola, na transição da aréola para a pele. A cicatriz não é aparente e fica praticamente invisível com o tempo. O cirurgião retira a glândula de consistência dura e aumentada, que deverá ser examinada por um anatomopatologista.
Nos casos de ginecomastia adiposa, a cirurgia pode ser feita com lipoaspiração da gordura mamária. Nesse caso o ‘caroço’ que se palpa é pequeno e o tratamento pode ser feito através de um pequeno orifício, praticamente imperceptível ao fim de algum tempo.
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A escolha de anestesia, local com sedação ou geral, vai depender de cada caso.
A correção da ginecomastia grau I (localizada) é geralmente um procedimento cirúrgico simples. O grau II é mais difícil e apresenta uma série de problemas. Ondulações da pele torácica podem ocorrer após a cicatrização, podendo levar a depressão no centro ou nas periferias da lesão.
A complicação cirúrgica mais comum é o hematoma. Pequenos hematomas são comuns após o tratamento da ginecomastia grau II. A retração areolar pode ser evitada nos pacientes com grau I, mas é mais difícil evitar nos pacientes com grau II devido a natureza adiposa do tecido encontrado.
O excesso cutâneo é mais comum no paciente idoso que no jovem e pode ser corrigida secundariamente, já que muitos pacientes têm uma retração cutâneo muito satisfatória, o que evita a realização de uma cicatriz ao redor da aréola.